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Redes sociais e saúde mental

Uma pausa no Facebook pode contribuir para a sua saúde mental.

Em uma pesquisa recente publicada na revista Cyberphysiology, Behaviour and Social Networking, foi demonstrado que apenas uma semana fora das redes sociais pode melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Sentimentos como inveja, por exemplo, foram dissipados.

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Pesquisas anteriores demonstravam forte correlação entre uso intenso de mídias sociais e sentimentos de depressão, inveja, isolamento e baixa autoestima.

 

Existe uma discrepância entre aquilo que esperamos das mídias sociais e aquilo que realmente obtemos.

Na pesquisa feita um grupo de pessoas usava o Facebook normalmente, enquanto outro grupo deixou de usar.

O segundo grupo relatou, depois de uma semana, que se sentia melhor em diversos aspectos, como bem-estar e satisfação. (É necessário dizer que essas mudanças eram observadas apenas em pessoas que utilizavam o facebook intensamente).

O autor do estudo, Tromholt Morten, disse que existem evidências de que sair das mídias sociais pode levar a níveis aumentados de cognição e bem-estar.

Uma tendência similar foi encontrada ao se analisar o sentimento de inveja gerado pelo Facebook: as pessoas que saíram por uma semana relataram sentir menos inveja do que antes.

Outros estudos mostraram que o interesse das pessoas por mídias como Facebook é persistente, pois as pessoas cometem “erros de predição” quando pensam na felicidade que vão ter ao usar o Facebook.

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Usuários pensam que serão mais felizes ao utilizar a rede, mas a verdade é que ficam infelizes em aspectos diferentes.

 

Essa distorção de percepção pode explicar muitos fenômenos relacionados à infelicidade e adicção nas redes sociais.

 

A resposta pode não ser exatamente abandonar as redes sociais.

Uma opção plausível é ajustar a quantidade de horas que passamos plugados.

Além disso, a experiência que temos nas redes variam de pessoa para pessoa.

Tromholt Morten diz que:

Se uma pessoa é um usuário intenso, deveria diminuir as horas de uso para aumentar seu bem-estar.

Se uma pessoa tende a ter inveja das outras pessoas no Facebook, deveria evitar navegar por alguns perfis.

Se uma pessoa usa o Facebook passivamente, deveria reduzir esse tipo de uso.

Ele ainda adiciona que por causa dos erros de predição sobre o quanto seremos felizes na rede, tendemos a sucumbir, e por isso, para algumas pessoas, talvez a alternativa seja realmente sair.

 

A pesquisa tem suas limitações.

Como todas as pesquisas que estudam seres humanos, são fenômenos que podem mudar de pessoa para pessoa.

Dados os efeitos significativos na maioria dos participantes do estudo, e por resultados de estudos anteriores, há também grande probabilidade que algumas pessoas não tenham efeitos negativos com o uso de redes sociais.

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Talvez possamos nos questionar porque esperamos tanto que uma mídia social seja provedora de nossa felicidade.

 

Atenção merece ser dada ao fato de que a discrepância existente entre expectativa e realidade é o que causa maior mal-estar.

E talvez novas pesquisas possam se concentrar nos possíveis benefícios das redes.

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