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Constelação Familiar

Constelação Familiar e Antropologia

 

Existe uma moralidade universal?

Quando digo moral, me refiro ao que a etologia, a psicologia e a antropologia sugerem, que a moralidade é uma coleção de ferramentas para promover a cooperação, e não ao que a filosofia denomina de “universal moral” e que significa o que todos devem fazer em determinada cultura.

Um estudo da Universidade de Oxford, capitaneado por Oliver Scott Curry, respondeu que sim.

Existem sete regras morais que podem ser encontradas em mais de 60 culturas de sociedades e de momentos históricos distintos.

Segundo Curry, as sete regras morais são: amar sua família, ajudar seu grupo, retornar favores, ser corajoso, respeitar a autoridade, ser justo e respeitar a propriedade alheia.

Esses sete comportamentos cooperativos sempre foram considerados moralmente bons.

Muitas destas regras morais podem ser facilmente associadas às “leis sistêmicas” ou “ordens do amor”, que são a teoria básica da constelação familiar.

Segundo Bert Hellinger, criador desta psicoterapia fenomenológica, essas ”ordens” ou “leis” – sendo seguidas em um sistema, familiar ou não – proporcionam paz e harmonia a esse sistema e consequentemente à nossa vida.

Ou seja, podemos associar essas três leis sistêmicas às regras morais do estudo de Curry.

Desta maneira, podemos alinhar um conhecimento arcaico antropológico às sete regras morais, e assim termos uma maneira de olhar como nos relacionamos com estas regras pela perspectiva da constelação familiar.

 

As três leis sistêmicas de Hellinger são pertencimento, hierarquia (ordem) e equilíbrio entre dar e receber.

Associando o estudo de Curry ao de Hellinger, essas leis ou ordens dizem que há um princípio (ou uma regra moral) que nos faz pertencer a determinado grupo, e neste grupo há um princípio ou regra moral sobre a hierarquia e também há uma regra moral sobre como as trocas vão ser estabelecidas neste grupo.

Como o primeiro grupo a que pertencemos e nos vinculamos é a família, os estudos de Hellinger se iniciaram pela perspectiva familiar, mas atualmente a constelação familiar também é estudada no meio empresarial, pedagógico e jurídico.

 

As duas primeiras regras morais citadas, ”ajuda sua família” e “ajuda o seu povo”, falam sobre o que Hellinger diz a respeito de pertencimento.

Para Hellinger, todos amam e sentem a necessidade de pertencer e ajudar suas respectivas famílias.

Juntamos essas duas regras pois consideramos que, nesse caso, o primeiro grupo a quem pertencemos é nossa família.

Sendo assim, este é o primeiro e mais forte grupo onde temos o intento de ajudar.

Nascemos pertencendo a nossa família, e isso faz com que tenhamos uma necessidade de continuar a pertencer e a nos mantermos vinculados a este grupo.

A questão do pertencimento na teoria da constelação familiar é bastante ampla, pois podemos pertencer seguindo comportamentos parecidos com nossa família, mas também de outras maneiras.

Como, por exemplo, por amor, podemos fazer algo oposto do que nossa família acredita em relação a costumes e comportamentos com o intuito de incluirmos algo que foi esquecido ou excluído na história da nossa família.

Mas o que iguala tudo isso é que o intuito de inúmeros comportamentos nossos é de ajudarmos a nossa família, mesmo que não façamos isso com consciência.

 

“Respeite teus superiores”, outra das sete regras morais de Curry, tem o paralelo com Hellinger pela perspectiva da segunda lei sistêmica: a Ordem (hierarquia).

Nascemos pequenos e fomos criados por grandes, que na maioria dos casos são os nossos pais.

A eles devemos, segundo Hellinger, não apenas respeito, mas gratidão, palavra que hoje é tão usada, às vezes de maneira gasta e pobre.

Gratidão, segundo Hellinger, é o que devemos sentir por nossos pais, nossos primeiros superiores.

Já que fiz uma certa crítica sobre o uso da palavra gratidão, vou dizer o que penso sobre ela, apoiando-me na definição feita pela facilitadora em constelação familiar Wilma de Oliveira.

Segundo Wilma, gratidão não é apenas respeito, mas colocar o que se recebeu em ação.

“Devolva os favores que recebeu”.

 

A terceira lei sistêmica é sobre o equilíbrio de troca.

Quando somos adultos, sentimos uma necessidade de equilibrar as nossas trocas, seja no trabalho ou na vida amorosa.

Quando não há essa necessidade, segundo Hellinger, é porque talvez a segunda lei, da Ordem (hierarquia) tenha algo que esteja fora do lugar.

Exceções à parte, quanto mais uma relação entre dar e receber for satisfatória, mais propensa essa relação tem a ser bem-sucedida, seja na profissão ou nas relações amorosas.

 

De forma breve, essas são as ligações que faço entre estudo de Curry e a teoria de Hellinger.

O leitor mais atento pode ter reparado que não mencionei as leis “seja corajoso”, ”seja justo” e ”respeite a propriedade alheia”.

Acredito que seja possível fazer uma conexão dessas leis com a prática da constelação familiar.

Pretendo numa outra oportunidade fazer essas conexões.

O vício em esporte

A autoestima e valoração de muitos praticantes de atividade física são constituídas, muitas vezes, na reflexão que fazem de si mesmos nos outros, num referencial externo e na sensação de que sempre devem cumprir as expectativas, sempre devem ser heróis. Nesse contexto pode estar o vício no esporte.

Nesta busca incessante por resultados, muitas questões podem ser deixadas de lado, tornando-se menos importantes do que a aparência externa e a percepção dos outros de uma imagem inventada.

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As festas de fim de ano e a tristeza

“Tristeza, por favor vá embora

minha alma que chora está vendo o meu fim”

 

Festas de final de ano. Natal, Ano novo, festas de confraternização, amigos secretos e tantas outras festividades. Seria a hora certa de espantar a tristeza?

Momento de alegria e de cantar vários jingles aprisionados em nossos pensamentos desde os tempos áureos de criança, certo?

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recrutamento e seleção

Recrutamento e seleção

Contratações empresariais sempre me incomodaram muito.

Trabalhado na área de recrutamento e seleção, aprendendo metodologias, fazendo cursos de certificação de testes e intermediando os dois lados da história (contratante e contratado), sempre me incomodei com o fato de ser tudo testado e avaliado a certa distância, por um pedaço de papel que chamamos de currículo ou por testes que, em realidade, não dirão se a pessoa é realmente apta para aquele cargo ou não.

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esterilidade emocional

Extremistas e a esterilidade emocional

As afrontas à humanidade são tantas diante de nossos olhos que fica difícil começar a falar de alguma delas.

Atentado terrorista em Paris, rompimento da barragem em Mariana (MG), o projeto de lei de Eduardo Cunha sobre aborto, as questões geradas pela prova do Enem, a possibilidade do Brasil realmente liberar as sementes Terminator, imigrantes perdidos pelo mundo fugindo de mais uma guerra estúpida iniciada por grupos extremistas.

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agradar-os-outros

De onde vem a constante necessidade de agradar os outros?

Como adquirimos a capacidade de fazer nossas próprias escolhas e nos tornar únicos?

Isso em grande parte depende se na nossa infância nossas opiniões foram importantes.

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esporte e vida

O esporte como recorte da vida

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Assim, singelo, toca na ferida aberta em todos nós: a frustração. Porque dentro ou fora do esporte, a vida por vezes nos tira o chão.

Ao contrário do que todos pensam, no esporte se vivem muito mais frustrações do que glórias, e talvez por isso nossa catarse seja ver o espetáculo da vitória em TVs e revistas, talvez por isso idealizamos como heróis aqueles que conquistam medalhas.

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Autoestima

O tema “autoestima” virou moda. Obrigatório na seção se autoajuda de qualquer livraria, está presente em toda a parte e comporta tudo.

Autoestima parece uma palavra mágica. Nas buscas do Google aparecem nos anúncios de profissionais que tratam depressão, que fazem hipnose, em tarólogos, astrólogos, entre outros. Trazem consigo a promessa de elevar a autoestima do pretenso cliente mediante alguns passos.

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Meditação – Podcast

Há mais semelhanças entre a ciência e o Budismo do que a maioria das pessoas imagina. Hoje sabemos que as estruturas cerebrais podem ser modificadas e até mesmo fortalecidas por meio de atividades como a meditação. Neste novo podcast, a psicóloga e coach Daniela de Oliveira fala sobre a meditação e os benefícios que sua prática pode proporcionar para a mente e para o corpo.

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