Respiração, meditação e autocontrole
Um artigo recente publicado no jornal The New York Times inter-relaciona sentir-se calmo com a respiração profunda.
Muitos tipos de meditação utilizam diferentes técnicas de respiração para trabalhar a corporificação de sentimentos.
Pesquisadores da Universidade de Stanford podem ter descoberto como este mecanismo funciona.
A pesquisa também demonstra o quanto a ligação entre corpo, respiração, pensamento, sentimento e comportamento é profunda e complexa.
Respirar é um processo automático de nosso corpo, mas ao mesmo tempo é extremamente flexível.
Nossa respiração pode ser rítmica e constante, como o coração, mas diferentemente deste, podemos alterar nossa respiração por escolha.
Entretanto, como o corpo regula a respiração em um nível celular ainda é um mistério. Há 25 anos, cientistas descobriram neurônios no tronco cerebral que são responsáveis pelo ritmo da respiração.
Com a evolução da ciência genética, cientistas conseguiram separar esses neurônios em tipos.
Um deles é responsável por nossas respirações aceleradas, ligadas aos nossos estados de ansiedade.
Dr. Mark Krasnow, principal responsável pela pesquisa, tentou entender como esses neurônios se interligavam com outras partes do cérebro e descobriu que se conectavam diretamente a áreas do cérebro ligadas à excitação.
Essas áreas enviam sinais a múltiplas áreas do cérebro que são responsáveis por acordar, ficar alertas, e, muitas vezes ficar ansiosos e frenéticos.
Segundo o pesquisador, esses neurônios alertariam o cérebro de que algo está errado, o cérebro começaria a se preparar para reagir rapidamente e, quando conseguíssemos “desligar” esse mecanismo, manteríamos o estado de tranquilidade.
Isso pode ser feito por meio de respirações profundas.
A equipe de pesquisadores diz que nossas mães estavam certas quando diziam para respirarmos fundo e nos acalmar.
Todo esse processo acontece sem que necessariamente tenhamos consciência, pois se dá em nosso cérebro reptiliano e está ligado às emoções que se dão no sistema límbico.
Quando conseguimos intervir sobre esse mecanismo, trazendo consciência para este processo, começamos a intervir em nossas próprias formas, caminhando em direção à coerência em nós mesmos.
Por meio de intervenções na terapia corporal, como o relaxamento profundo do tronco cerebral, podemos estimular um ritmo diferenciado de respiração, contribuindo para a regulação de nosso sistema de alerta.
Clique aqui para ler o artigo do New York Times.
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