Orientação Psicológica Online
Atendimento online, por Skype, Facetime, mensagens, Youtube e e-mails. A vida hoje não escapa das multimídias.
É, minha gente, não teve jeito. O CFP (Conselho Federal de Psicologia), com todo seu tradicionalismo, não teve como negar a evolução social. Ainda que com muitas restrições, nossa categoria está “liberada” para o mundo digital.
Sou de uma geração do entremeio, nem lá nem cá nas mídias digitais. Cresci vendo tudo isso acontecer, começar. Tive que aprender a mexer em um celular, estranhar o “touch screen” e hoje quase não viver sem ele. Vi as maravilhas da comunicação por ICQ evoluírem e chegarem ao ponto de ter uma conversa em tempo real com minha família que mora longe.
Agradeço de coração a todos os nerds que trabalharam para que eu não tivesse que esperar meses por uma carta com notícias, ou uma foto de família. Agradeço por pessoas que moram geograficamente muito, mas muito longe, poderem participar ativamente do meu dia-a-dia.
Entretanto, toda mudança causa resistência, mesmo sendo positiva. É o que tem acontecido com o atendimento online. Alguns lugares já absorveram totalmente a nova geração, como os Estados Unidos, em que você pode fazer terapia por mensagens de texto e ter uma orientação por Skype uma vez por semana.
Dado o fato de que pertenço, e não nego, à geração que gosta de tecnologia (apesar de em muitos momentos achar exagerado o uso que algumas pessoas fazem dela), não achei nada ruim quando pelo menos uma brechinha se abriu em minha profissão. Mas vamos lá esclarecer que tramela foi essa.
A Resolução do CFP diz que estamos liberados a fazer orientação psicológica online, supervisão, consultoria, orientação de aprendizagem, reabilitação cognitiva, processos de seleção pessoal, aplicação de testes e outros tipos de orientação que são uma modalidade de atendimento breve, de até vinte sessões.
Deve-se manter um ambiente exclusivo na internet para este tipo de atendimento, sem nenhum tipo de anúncio nas páginas que prestam esse serviço. Então, nada de sair por ai confiando naqueles sites de atendimento cheio de propagandas e de links sugestivos.
Enfim, existem outros muitos detalhes sobre a orientação online. O nosso Conselho ainda segura as rédeas em relação a muitas coisas e existem inúmeras críticas a esse tipo de atendimento, por se achar que perde a pessoalidade do setting terapêutico. Pessoalmente acredito que o setting terapêutico está no psicólogo e não no local, senão, como seriam possíveis atendimentos em hospitais, no esporte, com acompanhamento terapêutico.
Por enquanto, no Brasil, é isso o que temos. E vamos aproveitar.
Para quem quiser saber mais sobre as normas do CRF, segue o link da Resolução:
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