Nepal. Troca seus dez vai…
Nepal. Paisagens bucólicas, montanhas desertas, vilarejos perdidos por entre as montanhas e muitos aventureiros com suas mochilas tentando descobrir novos caminhos, desafiar seus limites e sobreviver aos ares congelantes.
Na fenomenologia existencial podemos pensar na existência como uma itinerância, sempre estar a caminho, transformando-se a partir dos contextos. Assim, em uma parte de sua itinerância, no ano de 2013, como outros tantos turistas, Filipe Berti foi à procura de sua aventura. Suas trilhas de trekking o consagraram com duas experiências sérias de risco de vida e amigos para o resto dela.
Como não poderia ser diferente, as experiências de quem se aventura ficam encravadas, incrustadas sob a pele. Novamente de acordo com a fenomenologia existencial, a vida é uma situação paradoxal, em que o ser humano busca uma direção, lida com significados e com a direção de ser para morte.
Cada silhueta de montanha, cada passo na neve, cada sombra, cada rosto e cada sorriso fizeram com que o choque de realidades colocasse em cheque as percepções sobre o tempo, a realidade e a vida de Filipe, assim como acontece com todos nós quando nos deparamos com aquilo que nos é diferente.
Buscando seus significados, tatuado por essas experiências e por um sentido de profundo arraigamento com a humanidade, quando ouviu a notícia que o mais forte terremoto da história desde 1934 atingira o Nepal dois anos depois de sua viagem, Filipe não conseguiu se fingir de morto.
Começou uma campanha de crowdfunding chamada #trocomeus10, em que as pessoas deixam de gastar dez reais, que consumiriam em seu dia-a-dia, como um iogurte, um café, um suco e um pão na chapa, e doam para a campanha que ajuda famílias que estão tentando reconstruir seus lares no Nepal.
Depois do seu #trocomeus10, você desafia três pessoas a fazerem o mesmo e aumenta a corrente do bem. Novamente a fenomenologia nos fala que somos Dasein, um ente já-sendo-no-mundo-com-outros, fazemos parte do mundo, de sua história e aqueles (e ouso dizer que “aquilos” e “aquelas coisas”) que vivem neste mundo são constituintes de nós, assim como nós somos constituintes de outros.
A ideia é começar com a campanha no Nepal, que grita pela humanidade, e depois desenvolver o mesmo tipo de campanha para outras causas.
Eu já fiz meu vídeo do #trocomeus10 e você?
Quem quiser conferir a campanha no Facebook, segue o link:
https://www.facebook.com/trocomeus10peloNepal?fref=ts
E para quem quiser ajudar, segue o link da campanha no Catarse:
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