Design thinking
O design thinking traz para o mundo organizacional a possibilidade de vivenciar a filosofia e a psicologia.
A ideia por trás do design thinking é que nós aprendemos com a experiência, por isso o lema é aprender fazendo. A mesma ideia é o fundamento da fenomenologia: podemos falar sobre as experiências só por meio delas.
Gendlin, em um artigo sobre Experiential Phenomenology, diz que temos que estudar a experiência no momento em que ela está acontecendo, e este acontecimento pode ser inclusive revivido em relato: “nós estudamos a experiência e a declaração à medida que ocorrem no processo de afetar o outro.”
Dessa forma, as mudanças de mentalidade que o design thinking propõe, alterando de uma perspectiva linear de resolução de problemas para uma não linear, assemelha-se à psicologia na tentativa de compreensão dentro de um contexto, considerando-se um processo vivo, que se movimenta, com idas e vindas.
Uma das ideias que foram fundamentos para o design thinking é o modelo de aprendizagem do Centro de Liderança Criativa.
Este modelo é um estudo de Edgar Dale em que ele provou que retemos e dominamos mais sobre um assunto quando o vivenciamos e experienciamos.
Para aqueles que não conhecem, existem cinco passos no design thinking. Estes passos ou estágios estão interligados e pode-se sempre ir e voltar, trabalhando em um padrão não linear.
E, no meu ponto de vista, esse é um dos aspectos mais importantes para se ter em mente: o movimento, a tensão delicada para manter o sistema integrado, a tensegridade entre estas fases.
Voltando a Gendlin, ele diz que a experiência é não numérica, multi-esquemática e interesquematizável, e devemos sempre manter isso em mente quando nos aproximamos de qualquer situação.
Então, o que o design thinking e a psicologia nos dizem é que podemos tentar sempre achar soluções engarrafadas e já conhecidas, mas a vida sempre encontra maneiras de nos dar novos desafios e oportunidades para aprender e crescer.
Precisamos nos libertar de pensar dentro da mesma caixa e ter coragem de vivenciar novas situações, pois apenas vivenciando poderemos refletir e achar soluções inovadoras e criativas.
Situações e experiências são intrínsecas. Podemos exercer nossa capacidade de refletir sobre as afirmações que fazemos, como elas são feitas e os efeitos dessas declarações, sendo capazes de utilizar essas reflexões para abrir novas possibilidades no mesmo desafio, onde antes era pensado não haver nenhuma saída.
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