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neurose coletiva

Como a neurose coletiva afeta nossas relações

Jason Silva, apresentador do programa Brain Games, em um vídeo recente definiu ansiedade como um aspecto de uma neurose coletiva da humanidade.

Vivemos em um tempo de paradoxos.

Enquanto humanidade, temos o potencial e vivemos uma das eras mais seguras, “dominamos” a natureza, grande parte das doenças, aumentamos nossa expectativa de vida e, no entanto, não conseguimos experienciar nossa autenticidade.

neurose coletiva
Jason Silva diz que a neurose coletiva é um produto dos jogos sociais que fazemos e que nos afastam de nossas camadas mais profundas, distorcendo nossas formas.

 

As formas prescritas, os corpos esperados a responder de uma determinada maneira, com determinados comportamentos, as regras que nos impõem uma normatividade, aos poucos fecham as possibilidades de nosso contato com nosso próprio fluxo.

Colocam-nos em estado de alerta e paralisamos diante dos sustos, vivemos em um sofrimento silencioso.

 

Nossa percepção se restringe e vivemos uma espécie de hipnose coletiva.

As experiências limitadas que vivemos em nosso dia-a-dia de afazeres limitam também nossa realidade, podendo atravancar nossos processos de maturidade.

Produzimos uma epidemia disfuncional em que as medicações sustentam uma produção falsa.

Segundo Jason Silva:

“O homem moderno é afligido por um estado quase permanente de ansiedade, que é o efeito colateral inevitável do nosso neocórtex.”

Nossa capacidade de “controlar” o mundo, de ultrapassar obstáculos, desenhar e planejar futuros nos liberta e nos aprisiona ao mesmo tempo.

Faz-nos seres distintos que pensam sobre a própria existência, tentam assegurar o destino e, ao mesmo tempo, estão sempre à procura do que se preocupar em seguida.

Seguindo a linha de pensadores como Eckhart Tolle, Dalai Lama e Daniel Goleman, Jason diz que uma possibilidade para melhorar nossa neurose coletiva é entrar em estado de flow, estar presente naquilo que nos propomos a fazer.

flow-feeling
Flow feeling é o que que músicos e atletas de elite sentem quando estão no auge de sua performance, e que alguns também chamam de transcendência.

 

Quando “saímos de nossas cabeças”, ou melhor, quando nos lembramos de que somos corpo e movimento, conseguimos usar o neocórtex a nosso favor, para gravar novos mapas neuromotores de sentimentos e sensações que queremos repetir.

 

Ao trabalharmos na qualidade de nossa presença, podemos nos abrir para novas sensações, pensamentos, inspirações.

Abre-se a possibilidade de uma mudança de percepção do mundo, uma abertura à diversidade de experiências que existem a nossa volta, outras maneiras de nos conectar ao mundo.

A terapia pode nos auxiliar a trabalhar na qualidade de nossa presença e, consequentemente, como ocupamos nossos espaços nas relações que estabelecemos com o mundo.

Ela pode nos ajudar a ir além de nós mesmos e nos dispor à vida, podendo abarcar as imprevisibilidades que ela nos traz em contato com nossa criatividade.

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