Consciência e Física Quântica
Nosso cérebro nos surpreende cada vez mais com sua complexidade.
Pesquisas recentes que combinam neurociência e matemática demonstram que nosso cérebro cria estruturas neurais com até 11 dimensões quando processa informação.
“Dimensão”, neste estudo, foi definido como espaços matemáticos abstratos, não outros planos físicos.
O pesquisador Henry Markram, diretor do Blue Brain Project e responsável pela pesquisa, diz que nosso cérebro constantemente cria espaços e formas geométricas multi-dimensionais que se parecem com castelos de areia.
A equipe encontrou uma organização neural naquilo que antes era tido como um padrão caótico.
No experimento as estruturas se organizaram em um todo altamente dimensional, uma cavidade.
Depois que a informação era processada essa estrutura desaparecia.
Isso significa que nossos neurônios reagem a estímulos de maneira extremamente organizada, constantemente construindo, destruindo e reconstruindo suas estruturas.
Isso nos abre uma pequena possibilidade para entender um dos maiores mistérios da neurociência: a ligação entre a estrutura do cérebro e o modo como processamos informações.
A pesquisa também abre caminhos para novas descobertas sobre a inteligência humana e a formação de memórias.
Enquanto não temos certeza de como nós mesmos funcionamos, alguns hábitos podem nos ajudar em nosso cotidiano.
Algumas pesquisas demonstram os benefícios de hábitos saudáveis, como a meditação.
E como esta pode colaborar para melhora de qualidade de vida, mudança de hábitos, reestruturação das redes neurais que formamos e alteração de nossos padrões neuromotores.
Em artigo recente da BBC levantam-se alguns paralelos entre a consciência e a mecânica quântica. Duas questões universais ainda sem respostas definitivas.
Alguns cientistas acreditam que já sabemos o que é a consciência, ou que ela é mera ilusão.
Outros cientistas invocam a física quântica para tentar explicá-la.
Entretanto, explicar um mistério com outro nem sempre é bem visto.
Inúmeras tentativas foram feitas para negar essas explicações que parecem um tanto místicas.
Porém, elas resistem e continuam retornando com cada vez mais suporte.
Na nova era de se desenhar futuros quânticos na computação, o interesse pelo funcionamento de coisas inexplicáveis que nosso cérebro é capaz de fazer se desenvolve.
O “efeito do observador” sobre o experimento foi uma das primeiras descobertas a chocar o mundo científico.
Trazendo à tona a ideia de que não somos separados do mundo objetivo, não existe um “eu”e um “outro” que não se relacionam.
Uma pergunta interessante é elaborada pelo artigo: se o modo como o mundo se comporta depende de como – e se – olhamos para ele, o que significa “realidade”?
Alguns cientistas acreditam que para entendermos a realidade e a consciência precisamos da física quântica e vice-versa.
Tudo ainda é especulativo, mas essas teorias nos forçam a pensar de maneiras diferentes, encontrar novas possibilidades.
Em alguns experimentos as partículas se comportam não apenas como se soubessem que estamos observando, mas como se adivinhassem aquilo que queremos ver.
O link no fim do texto leva para a reportagem que mostra experimentos e teorias quânticas aprofundadas.
A ideia de que nossa percepção altera o mundo a nosso redor e nos altera não é nada nova.
Práticas milenares como Tai Chi Chuan, Yoga, meditação, acupuntura entre outras já nos dizem isso há mais de três mil anos.
Na filosofia, correntes como a fenomenologia existencial também nos falam do conceito de Dasein, como ser-já-sendo-no-mundo-com-outros.
Construir, desconstruir e reconstruir novas estruturas, assim como nosso cérebro, é uma possibilidade sempre aberta em nossas vidas.
Nossas práticas diárias refazem padrões neuromotores, fortalecendo padrões antigos, ou abrindo novos padrões, dependendo de nossas escolhas e das formas como usamos a nós mesmos.
Sempre nos lembrando que somos seres multidimensionais com inúmeras possibilidades de escolhas, nas impermanências da vida ou de nossas próprias estruturas cerebrais, podemos escolher nossos caminhos ao ficarmos mais conscientes de nós mesmos, de quem somos, como somos encarnados e encorpados em nossa existência.
Referência: http://www.bbc.com/earth/story/20170215-the-strange-link-between-the-human-mind-and-quantum-physics
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