Ciúme – Podcast
Ciúme. Frequentemente o confundimos com um sinal de amor. Entretanto, o ciúme pode se tornar um problema sério em um relacionamento.
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Atualmente homens e mulheres tendem a ter mais parceiros e a se comprometerem mais tarde na vida, fato que muitas pessoas utilizam como justificativa para seu ciúme.
O sentimento de ciúme é uma emoção social que existe historicamente em diversas culturas.
Experienciamos ciúme em diversas relações: entre irmãos, entre amigos, em relacionamentos românticos, entre outros.
Esta emoção é intimamente inter-relacionada com a competitividade, como se a presença de outra pessoa fosse ameaçadora para o vínculo afetivo.
Em termos evolutivos, o ciúme é uma reação funcional a certas situações, motiva a pessoa a proteger o relacionamento de uma ameaça percebida, ou manter o interesse do parceiro.
Algumas pesquisas definem traços de pessoas mais propensas ao ciúme:
- Pessoas com baixa autoestima.
- Pessoas com uma tendência a grande variação de humor, ansiosas e emocionalmente instáveis.
- Pessoas com sentimentos de insegurança e possessividade.
- Pessoas que desenvolvem dependência de seus parceiros.
- Sentimentos de inadequação no relacionamento: geralmente o temor de que não se é bom o suficiente para o parceiro.
- Um modo de se relacionar ansioso; uma orientação crônica em relacionamentos que envolve o medo de que o parceiro o deixará ou não o ama o suficiente.
Como podemos ver, todos os fatores estão relacionados a autoestima e insegurança, não ao amor que uma pessoa sente por outra.
Algumas vezes o ciúme é justificado por uma razão concreta como, por exemplo, traição, quando uma das partes do relacionamento traiu a confiança da outra.
Quando uma das pessoas envolvidas no relacionamento não procura uma relação monogâmica, enquanto a outra tem este objetivo, talvez seja hora de rever o relacionamento.
Se este não é o caso, algumas medidas podem ser tomadas para ajudar a lidar com a situação:
- Evite situações que possam levantar falsas suspeitas. Em um estudo, pesquisadores dizemque aqueles que são ciumentos tendem a monitorar a vida social do parceiro, incluindo as mídias sociais. Quanto mais a pessoa olhava o Facebook do parceiro, mais motivos encontrava para se preocupar, levando a ações como espionar a vida do parceiro e criar um círculo vicioso de ciúme.
- Trabalhe em construir confiança em você mesmo e em seu relacionamento. Comunique-se com seu parceiro. Se você está sentindo ciúme, converse sobre isso. Entretanto, cuidado com o modo como se comunica, se você expressa raiva ou sarcasmo, ou acusa seu parceiro, você não está se ajudando. Seja direto, explique seus sentimentos e pensem, juntos, em como solucionar a situação.
- Nutra sua relação, passem tempo qualitativo juntos, mesmo quando estão distantes. É importante compartilhar seu mundo interno.
- Decida se quer confrontar suas suspeitas de ciúme ou não. Se você se sente desconfiado, preocupado, possessivo, ameaçado ou inseguro em relação ao seu parceiro, não deixe que suas conclusões tomem tamanhos desproporcionais. Cheque com a outra pessoa se tem fundamento, mas cuidado com as palavras. Novamente, seja construtivo.
- Identifique o que o deixa se sentindo assim (quando uma pessoa pega no braço do seu parceiro para conversar, por exemplo) e pense se realmente faz sentido.
Para aqueles que são os alvos do ciúme: lembre-se que não é sobre você, mas sobre as inseguranças da outra pessoa. Reafirme seus sentimentos pelo seu parceiro e seu interesse em estar com ele.
A psicoterapia pode contribuir na construção do autoconhecimento e da autoestima, assim como colaborar na autogestão dos sentimentos e em achar estratégias eficazes de comunicação, auxiliando no relacionamento e no cuidado de emoções como o ciúme.
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