Apesar da realidade virtual ainda ser novidade para muitas pessoas, a psicologia tem usado a tecnologia a seu favor como forma de tratamento para muitos distúrbios.
Ainda assim, podemos pensar outros caminhos para a realidade virtual dentro da psicologia.
A palavra bem-estar está espalhada por todos os lados.
Produtos orgânicos são vendidos no supermercado, em todos os lugares ouve-se falar sobre a prática de atividade física, o número de participantes em aulas de yoga, zumba, crossfit e outras formas de movimento cresce a cada dia.
Não é novidade que sabemos pouco sobre transtornos alimentares como a anorexia e a bulimia.
A anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar podem ser definidos como qualquer desfiguração dos hábitos alimentares que resulte em uma desordem da alimentação.
Pesquisas recentes podem abrir possibilidades para novos olhares diante desses hábitos alimentares desorganizados.
Pesquisadores começaram a desvendar as regiões cerebrais e os circuitos neuronais que estão associados a esses hábitos.
A bulimia e a anorexia, por exemplo, apesar de possuírem características diferentes uma da outra, parecem compartilhar os mesmos gatilhos biológicos, como a hereditariedade.
Pessoas que apresentam quadro de transtorno alimentar também parecem ter movimentos parecidos em seu modo de ser.
Entretanto, dizer que seria apenas uma questão de temperamento, hereditário ou do meio ambiente, parece não abarcar a complexidade do sistema que envolve qualquer transtorno.
Neurocientistas dizem que o processamento de um sistema de recompensa falho parece ser um fator importante.
Os circuitos cerebrais envolvidos no sistema de recompensa de mulheres anoréxicas se apresentaram menos ativos quando elas ganhavam algo, mas mais ativo quando perdiam.
Os cientistas também encontraram alterações importantes no sistema dopaminérgico de mulheres com anorexia e bulimia.
O que para algumas pessoas é um prazer, para mulheres com anorexia é uma preocupação.
Segundo Walter Kaye, diretor do Programa de Pesquisa e Tratamento de Distúrbios Alimentares da Universidade da Califórnia, a liberação da dopamina em determinadas áreas do cérebro causa ansiedade em vez de prazer.
Cientistas levantam a possibilidade dos distúrbios alimentares estarem mais conectados aos hábitos diários do que à força de vontade e motivação (ou falta delas).
Alguns resultados sugerem que exista uma hipersensibilidade visceral em pessoas com anorexia, que altera sua interocepção (função fisiológica do hipotálamo de ter percepções relacionada ao interior do organismo como PH, temperatura, tensão de fibras musculares lisas, etc) e aumenta um “barulho interno” dos órgãos que a maioria de nós não “ouve”.
Estas pesquisas trazem mais uma perspectiva sobre o assunto, mais um aspecto a ser considerado nos tratamentos.
Provavelmente, algumas condições preexistentes colocam uma pessoa em risco de desenvolver um transtorno alimentar, enquanto outras mudanças acontecem em resposta a esses hábitos alimentares.
Separamos didaticamente neurologia, biologia, fisiologia, emoções, sentimentos, etc…, mas o corpo funciona de maneira integrada e concomitante.
As partes formam um todo complexo do qual não podemos predizer o funcionamento ou a resposta apenas com uma pequena amostra de uma dessas partes.
O tratamento para transtornos alimentares envolve uma equipe multidisciplinar.
A terapia, nesses casos, é condição necessária para que pacientes integrem as complexidades envolvendo o assunto e consigam encontrar as melhores alternativas para si mesmos.
Somos construídos dentro de um determinado contexto, de uma determinada cultura, com valores que são construídos em nossa história.
Nossa construção é perpassada por todas as instituições que nos cercam (família, esporte, escola, música, cidade, país, etc…).
Instituições são as formas de organização em nossa vida coletiva, não necessariamente representadas por lugares físicos, mas organizações que constituem normas, regras, preceitos, crenças e costumes.
Nas últimas semanas movimentos cada vez mais fortes de direitos das mulheres têm tomado força e forma em nosso país. Movimentos que já se desenham há alguns anos, como o Think Olga, ganharam mais força com campanhas como #meuprimeiroassedio, viabilizada após comentários esdrúxulos na internet feitos a respeito de uma participante de apenas doze anos do MasterChef Junior.
O que causa maior espanto, além do comentário, é a quantidade de outros comentários e de pessoas que pensam isso ser normal. Os movimentos feministas têm tomado corpo, tanto com mulheres como com homens feministas. Essa é uma luta antiga e, talvez seja importante diferenciar dois termos importantes: igualdade e equidade.
As afrontas à humanidade são tantas diante de nossos olhos que fica difícil começar a falar de alguma delas.
Atentado terrorista em Paris, rompimento da barragem em Mariana (MG), o projeto de lei de Eduardo Cunha sobre aborto, as questões geradas pela prova do Enem, a possibilidade do Brasil realmente liberar as sementes Terminator, imigrantes perdidos pelo mundo fugindo de mais uma guerra estúpida iniciada por grupos extremistas.