A esse sentimento os cientistas têm se referido como deslumbramento (ou “awe” em Inglês).
Esse deslumbramento tem o poder de inspirar, aproximar pessoas, curar e mudar nosso modo de pensar.
Essas expressões de linguagem nos servem para expressar situações vivenciadas em nossas vísceras, mas o que poucos sabem é que essas figuras de linguagem traduzem sinais que recebemos de nosso “segundo cérebro”.
Vivemos em um tempo de paradoxos.
Stanley Keleman diz que o corpo cria um cérebro para se comunicar, ou seja, em nosso processo de desenvolvimento enquanto espécie e, embriologicamente, o sistema nervoso se faz depois no corpo.
O corpo vive seus processos, a vida urge e o neocórtex tem, como uma de suas funções, comunicá-la.
Uma intersecção complexa de narrativas passadas, transgeracionais, sociais, individuais, passadas, presentes, futuras… Nosso cérebro é programado para ouvir histórias.
A tecnologia há muito faz parte de nossa cotidianidade e, cada vez mais, os novos gadgets ficam naturalizados em nossa vida.
Uma nova startup chamada Kernel tem por objetivo lançar no mercado próteses cerebrais para ajudar pessoas com problemas de memória.
O que realmente importa não é o sentido da vida em sua generalidade, mas os sentidos específicos que damos a cada momento.
Ao entrar em contato com o mundo, percebemo-lo e o interpretamos em nós, baseados em quem somos.
Quem somos implica uma série de relações que provavelmente não conseguiríamos denominar em uma vida.
Parte desta história não pertence apenas a nós, mas a toda uma história da humanidade e do mundo, de uma evolução.
Outra parte pertence exclusivamente a nós, a nossas experiências que formam nossa mais profunda anatomia.
Algumas de nossas ações, como o reflexo de luta ou fuga, datam de experiências ancestrais e que ainda se fazem úteis atualmente.
Como diria nosso querido Caymmi:
“Se sabe que muda o tempo, se sabe que o tempo vira, aí o tempo virou”.
E como as personagens de sua música, cada um reage de uma maneira aos momentos de crise.
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