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A química de amar

Amar e seus efeitos no organismo

Amar tem um efeito intoxicante em nós.

Entender o que acontece em nosso corpo ao amar ou se apaixonar pode nos ajudar em nossos relacionamentos.

Existem fatores biológicos relacionados a apego e separação que podem virar de cabeça para baixo as pessoas mais centradas.

A natureza nos presenteou com um sistema complexo que impulsiona nossos desejos. Estes são espelhados quando interagimos socialmente.

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A dra. Patricia Mumby diz que se apaixonar faz com que o corpo libere na corrente sanguínea substâncias químicas que nos fazem sentir bem e são responsáveis por nos fazer corar, as palmas das mãos suarem e nossos corações acelerarem.

Temos uma parte em nosso cérebro que é responsável por nos fazer “enlouquecer”. É a nossa amígdala, que tem a habilidade de nos “sequestrar” e nos colocar em estado de alerta.

Quando estamos emocionalmente “ligados”, é a nossa amígdala percebendo algum perigo. É um recurso desenvolvido em nossos ancestrais pré-históricos.

 

O que fazer para retornarmos ao “normal”?

Primeiro precisamos reconhecer que fomos “sequestrados”, parar e respirar fundo. Esse simples ato ajuda nosso sistema nervoso a se regular.

Quando nos apaixonamos, um oceano de substâncias neuroquímicas é liberado em nosso cérebro.

Essas substências são associadas ao nosso desejo sexual, sentimento de apego e preferência por um determinado parceiro.

É um instinto natural de preservação de nossa espécie: o instinto de procriação.

Entretanto, amor, sexo e relacionamentos não são apenas para procriação.

São também parte central de nossa saúde, desenvolvimento pessoal e espiritualidade.

 

As teorias mais atuais demonstram que nosso sistema nervoso não está contido apenas em nosso cérebro, mas está profundamente conectado com o mundo que nos cerca e aqueles que nos são próximos.

Há uma afinação sinfônica de sentimentos que acontece quando estamos sincronizados com outros, de forma que implicamos profundamente nossa personalidade e saúde emocional.

Esse fenômeno de união profunda já foi comprovado em outros mamíferos e entre espécies.

Isso significa que nossa capacidade de amar e de nos relacionar está profundamente enraizada em nosso sistema nervoso.

Na verdade o cérebro e o coração têm conexões funcionais muito próximas, um fenômeno que chamamos ligação neurocardíaca.

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Quando experienciamos estados de conexão (que podem ser alcançados com meditação e movimento), essa ligação é reforçada.

O maior condutor deste estado é o nervo vago, que ajuda a regular os batimentos cardíacos, pressão arterial, níveis de glicose, resposta imune, dentre outras funções.

A experiência oferecida em terapia ao oferecermos um espaço compassivo para os sentimentos e emoções trabalha diretamente nesta ligação, favorecendo “abrir o coração” e melhorar o tônus vagal.

Um tônus vagal melhorado pode ser correlacionado a saúde cardíaca e aumento de resiliência em relação ao stress. Ele também favorece experiências emocionais positivas como alegria, interesse, serenidade e esperança.

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