Mês: <span>abril 2016</span>

relacionamentos

Relacionamentos amorosos saudáveis

Relacionamentos amorosos, com o passar do tempo, frequentemente começam a enfrentar problemas.

Sabemos que nem sempre é fácil manter relacionamentos amorosos de longo prazo.

Frequentemente nos perguntamos como manter um relacionamento saudável, independente da configuração deste relacionamento (monogâmico, meio-monogâmico, poli amoroso, relacionamentos abertos, etc.) e da preferência sexual.

relacionamentos amorosos
Todos os relacionamentos são diferentes, mas algumas pesquisas científicas mostram certos padrões que tendem a emergir em pessoas que consideram seus relacionamentos saudáveis.

Algumas características gerais que aparecem em pesquisas sobre como manter relacionamentos amorosos saudáveis:

  • Comunicação aberta: pessoas envolvidas em um bom relacionamento tentam conversar não apenas sobre rotinas, mas tendem a manter conversas mais profundas e sobre assuntos pessoais para se manter conectadas. Quando conversam sobre assuntos difíceis, tentam manter uma conversa respeitosa e carinhosa. Pessoas que tendem a se comunicar com raiva e desprezo são mais propensas a se separar de seus parceiros.
  • Aceitação e respeito: aceitar aquilo que conhecemos da outra pessoa e continuar tratando a outra pessoa com respeito. Quando passamos a conhecer melhor uma pessoa, descobrimos coisas a respeito dela que podemos não achar tão boas.
  • Satisfação das necessidades básicas: Em toda relação precisamos preservar a companhia, a afeição e o apoio emocional. Pessoas que se colocam de maneira saudável em um relacionamento estão atentas a suprir estas necessidades básicas da outra pessoa.
  • Reparação: Casais em relacionamento saudáveis têm a habilidade de rapidamente reparar danos. Isso significa reconhecer quando você ou a outra pessoa estiver sentindo raiva, mágoa ou machucado de alguma forma e direcionar maneiras para melhorar a situação. Geralmente, uma reparação começa com um pedido sincero de desculpas e conversas construtivas a respeito do assunto.
  • Solução de problemas: existem muitos problemas em relacionamentos que podem se tornar cíclicos ou recorrentes. Eles existem, mas pessoas em relacionamentos saudáveis procuram maneiras de reduzir ao máximo esses conflitos.
  • Manutenção do interesse: por mais que a vida seja corrida e as obrigações do dia-a-dia tomem nossas prioridades, alguns casais combinam dias da semana específicos para um jantar romântico, sair da rotina e tentar coisas novas.
  • Reciprocidade: significa que as duas (ou mais) pessoas envolvidas no relacionamento estão trabalhando nestes aspectos. Se apenas uma pessoa trabalha para manter o relacionamento é provável que existam problemas mais profundos que precisam ser explorados.
  • Limites: todo relacionamento saudável precisa de limites, aquela linha de separação entre eu e outro, em que um termina e outro começa. Quando os limites são claros há respeito e se leva em consideração os sentimentos dos outros, mostra-se gratidão, respeitam-se diferenças de opinião, perspectiva, sentimentos e o relacionamento pode crescer.

Desentendimentos são parte de qualquer relacionamento, mas alguns fatores criam mais dificuldades.

Decisões rotineiras podem criar conflitos recorrentes. Um sinal que pode ser indicativo de necessidade de ajuda é ter repetidas versões de uma mesma discussão.

relacionamentos amorosos
A terapia pode colaborar no desenvolvimento da comunicação no relacionamento e ajudar a encontrar maneiras saudáveis de ir além dos conflitos repetitivos.

Entretanto, um casal não tem que esperar que o relacionamento mostre sinais de problemas para procurar ajuda e começar a trabalhar para fortalecer a união no relacionamento.

Desenvolver as habilidades de boa comunicação, escuta efetiva e administração de conflitos é importante em qualquer fase da relação.

anorexia

A anorexia e o cérebro

Não é novidade que sabemos pouco sobre transtornos alimentares como a anorexia e a bulimia.

A anorexia, a bulimia e a compulsão alimentar podem ser definidos como qualquer desfiguração dos hábitos alimentares que resulte em uma desordem da alimentação.

Pesquisas recentes podem abrir possibilidades para novos olhares diante desses hábitos alimentares desorganizados.

aorexia
Sabemos que o ambiente tem relevância nos comportamentos humanos, mas pesquisas recentes demonstram que há também um princípio neurológico nos transtornos alimentares.

 

Pesquisadores começaram a desvendar as regiões cerebrais e os circuitos neuronais que estão associados a esses hábitos.

A bulimia e a anorexia, por exemplo, apesar de possuírem características diferentes uma da outra, parecem compartilhar os mesmos gatilhos biológicos, como a hereditariedade.

Pessoas que apresentam quadro de transtorno alimentar também parecem ter movimentos parecidos em seu modo de ser.

Entretanto, dizer que seria apenas uma questão de temperamento, hereditário ou do meio ambiente, parece não abarcar a complexidade do sistema que envolve qualquer transtorno.

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Pessoas com quadro de transtorno alimentar em geral são também ansiosas, obsessivas, perfeccionistas e orientadas ao sucesso.

 

Neurocientistas dizem que o processamento de um sistema de recompensa falho parece ser um fator importante.

Os circuitos cerebrais envolvidos no sistema de recompensa de mulheres anoréxicas se apresentaram menos ativos quando elas ganhavam algo, mas mais ativo quando perdiam.

Os cientistas também encontraram alterações importantes no sistema dopaminérgico de mulheres com anorexia e bulimia.

O que para algumas pessoas é um prazer, para mulheres com anorexia é uma preocupação.

Segundo Walter Kaye, diretor do Programa de Pesquisa e Tratamento de Distúrbios Alimentares da Universidade da Califórnia, a liberação da dopamina em determinadas áreas do cérebro causa ansiedade em vez de prazer.

Cientistas levantam a possibilidade dos distúrbios alimentares estarem mais conectados aos hábitos diários do que à força de vontade e motivação (ou falta delas).

Alguns resultados sugerem que exista uma hipersensibilidade visceral em pessoas com anorexia, que altera sua interocepção (função fisiológica do hipotálamo de ter percepções relacionada ao interior do organismo como PH, temperatura, tensão de fibras musculares lisas, etc) e aumenta um “barulho interno” dos órgãos que a maioria de nós não “ouve”.

Estas pesquisas trazem mais uma perspectiva sobre o assunto, mais um aspecto a ser considerado nos tratamentos.

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Mesmo com todas as pesquisas é difícil saber se certas diferenças em áreas cerebrais são as causas ou consequências de uma alimentação deturpada.

 

Provavelmente, algumas condições preexistentes colocam uma pessoa em risco de desenvolver um transtorno alimentar, enquanto outras mudanças acontecem em resposta a esses hábitos alimentares.

Separamos didaticamente neurologia, biologia, fisiologia, emoções, sentimentos, etc…, mas o corpo funciona de maneira integrada e concomitante.

As partes formam um todo complexo do qual não podemos predizer o funcionamento ou a resposta apenas com uma pequena amostra de uma dessas partes.

O tratamento para transtornos alimentares envolve uma equipe multidisciplinar.

A terapia, nesses casos, é condição necessária para que pacientes integrem as complexidades envolvendo o assunto e consigam encontrar as melhores alternativas para si mesmos.

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