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A vida nos chama para a autenticidade

Depressão, ansiedade e fadiga são partes de nossos processos de mudança.

São estados significativos nos processos de transição de uma maneira de ser para outra.

Quase sempre as pessoas se perguntam o que está errado, mas outra maneira de endereçarmos seria nos perguntar ao que o corpo, em sua sabedoria, está respondendo.

Quando seria a decisão mais sábia para uma pessoa não reunir energia e se engajar na vida?

Talvez a resposta seja mais clara do que pensamos.

 

Quando nosso corpo diz não por meio de fadiga, depressão ou ansiedade, é preciso perguntar se a vida que estamos nos impondo no momento é uma vida que faz sentido.

Devemos nos perguntar se este mundo que se apresenta diante de nós contribuí para nossa participação na vida.

Muitas vezes o mundo que nos apresentam e as histórias que nos contam fazem com que o susto e a retirada sejam as respostas mais saudáveis.

Uma das histórias implícitas que vivemos é que nosso objetivo enquanto humanidade é viver o máximo e o mais confortável possível, além de minimizar riscos e maximizar segurança.

Nosso sistema educacional obedece essa máxima, nos treinando para sermos competitivos e “vencer na vida”.

Nosso sistema econômico, por sua vez, parte do princípio que todas as pessoas são motivadas por interesses pessoais definidos por dinheiro, associados a segurança e sobrevivência.

Devemos ser práticos, não idealistas e colocar o trabalho em primeiro plano, bem antes da diversão.

Porém, nossos processos pessoais de vida não se preocupam com o tipo de trabalho que temos.

autenticidade

 

A vida nos chama para nossa autenticidade.

Ficamos presos a trabalhos que nos drenam para que possamos ter segurança na vida.

Segundo Stanley Keleman, anatomia é comportamento, nossas emoções e atitudes são padrões que fazem parte de nossos movimentos.

Emoções e atitudes são aprendidas, se tornam hábitos e são padrões de movimento muitas vezes herdados que estabelecem a maneira como reconhecemos a nós mesmos, como criamos significados, damos formas a nossas perspectivas e ocupamos nossos lugares no mundo e nas relações.

 

Muitas vezes temos medo de nos arriscar a largar nossos empregos e vidas planejadas, com planos de saúde, segurança e conforto.

Todavia, o corpo reconhece que esta segurança e conforto nos escravizam.

O corpo se rebela e age, imunidade baixa, gripes, fadiga, depressão, ansiedade, pânico, lesões musculares e ósseas, desajustes hormonais, entre outros.

O corpo se recusa a participar deste caminho.

Cada um tem um chamado diferente da vida, com nossos valores e prioridades.

Cada um de nós passa por processos repetidamente e em várias áreas de nossas vidas. Todas as partes do processo são necessárias: a fase de total engajamento, de tentar fazer certo, a descoberta de maneiras diferentes, de ceder, empurrar, alcançar e trazer para si.

 

As crises em nossas vidas são possibilidades para nos reorientar em direção aos nossos processos de autenticidade, para reentrarmos na vida.

Keleman aponta que ao escolher não fazer o que nos dizem ser o certo, perdemos um sentimento de segurança, muitas vezes o respeito da comunidade em que estamos inseridos, pois não estamos de acordo com as normas preestabelecidas.

Entretanto, ganhamos outro tipo de respeito, estabelecemos em nós mesmos o sentimento de uma atitude de autenticidade, uma vida autêntica.

E, segundo o autor, o sentimento de uma atitude autêntica, por mais curto que seja, é bem melhor do que uma vida cheia de tédio.

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