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stress crônico

Os perigos do stress crônico

Existe a tendência a se pensar em stress como um evento isolado, um momento, como um metrô lotado.

Neste pequeno momento nos sentimos ansiosos, irritados, tensos.

Entretanto, poucas vezes pensamos no acúmulo destes momentos.

Com o passar do tempo, o aumento de cortisol (hormônio do stress) altera nossa saúde física, mental, emocional e espiritual.

Existe uma ligação entre stress crônico e a potencialidade para algumas condições conhecidas como desordens mentais, como transtorno pós-traumático, ansiedade, depressão e outras alterações de humor.

O stress afeta diretamente nosso cérebro, desencadeando uma mudança química que nos torna mais irritáveis.

 

stress crônico
O stress pode também nos deixar “chatos” e difíceis de estar em companhia.

 

Sob pressão muitas pessoas ficam distraídas e esquecidas. Esses são sinais dos efeitos destrutivos do stress no cérebro.

Pesquisadores franceses descobriram que nossas sinapses se modificam e fazemos menos conexões neurais em algumas áreas específicas.

Essas alterações levam as pessoas a perder sua sociabilidade, evitar interações e ter sua capacidade de compreensão e memória comprometidas.

Esse prejuízo à memória e a capacidade de aprendizagem acontece, muitas vezes, porque o stress crônico pode reduzir o volume de nossos cérebros nas regiões associadas a emoção, autocontrole e funções fisiológicas.

Em 2008, um estudo mostrou que stress a curto prazo poderia desencadear problemas de comunicação entre os neurônios associados com memória e aprendizado.

 

stress crônico
Apenas um evento estressante já tem potencial para matar sinapses.

 

Quando aprendemos novas informações, geramos novos neurônios no hipocampo (região do cérebro associada à aprendizagem, memória e emoção).

A continuidade do stress pode interromper a produção de novos neurônios do hipocampo e também afetar as conexões entre essas células. Apenas um evento pode destruir essas novas conexões.

Enquanto o cortisol dificulta a atividade do hipocampo, ele aumenta a atividade da amígdala, uma dos principais centros de respostas emocionais e motivacionais.

A amígdala é responsável por nossas respostas de medo, percepção de perigo e nosso reflexo de fuga ou luta.

Ter sua atividade aumentada significa que estamos constantemente em estados reativos, propensos a perceber ameaças e aumentar nossas respostas emocionais em intensidades desnecessárias.

 

Entretanto, podemos “hackear” nosso sistema nervoso.

Segundo Gaia Vince podemos minimizar as inflamações de nosso sistema por meio do nervo vago.

E por meio da terapia de movimento, ao regularmos os sistemas simpático – responsável por nossas respostas de alerta, e o parassimpático – responsável por nossas respostas de descanso, podemos diminuir os sintomas de stress e abrir possibilidades para encontrar maneiras diferentes de refazer e lidar com a rotina.

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